O Narcisismos será sempre a posteriori da experiência, o que gera a desgraça humana, já que não se vem com o Narcisismo de nascença.

No planeta Mercúrio é de se supor que os mercurianos venham já com uma linguagem de nascença, motivo que os leva a falar uma mesma e única língua, e não esse exagero de línguas que existe entre os terráqueos, obrigando-os a que aprendam a linguagem após viverem um período que vai de zero a cinco anos de idade, que é quando adquirem o Eu do Narcisismo, que lhes serve tanto como defesa social, como também como perdição, pelos ataques que o Eu faz ao próprio corpo ingerindo tóxicos, trocando de seco, ou exagerando no desejo de sucesso, esse fato da inversão da conquista da noção abstrata do Eu torna os terráqueos eternamente carentes de atenção, deficientes no que é o amor, incapazes de autoexistirem, como são os mercuirianos, uma raça extrememente evoluída, que foi onde estive para um estágio na psicologia do autismo e a compreensão, entre eles, de que entre os terráqueos está nascendo cada vez mais criaturas humanas autistas sem linguagem, os mercurianos estão preocupados e pretendem enviar uma missão ao planeta terra para que, daqui por diante, os terráqueos também, assim como eles, venham ao mundo portando uma linguagem, acalmaria a comunidade LGBTXYZRSTKKK-KKKKK, que desconhece o que é o sexo, em Mercúrio não existe nenhuma dúvida quanto ao sexo, os mercurianos com pênis nascem sabendo que são masculinos, e os com vagina, que são femininos, e toda vez que nasce um novo bebê em Mercúrio, já que traz o Narcisismo de nascença e falando e compreendendo a realidade por meio da linguagem, eles não têm nenhuma dúvida quanto ao sexo que nascem, já nos humanos, a dúvida existe, porque o Narcisismo acontece somente depois, “putzgrila, agora, que compreendi a linguagem, é que estou vendo que nasci num corpo errado”, esse problema, entre os mercurianos, pode ser que tenha existido, mas eles evoluíram e passaram a nascer portando a linguagem e a compreensão da realidade, difícil que se confundam.

A descoberta é uma surpresa, a descoberta é um absurdo

Não se poderia dizer "Eu vou descobrir o Caiporismo em Machado de Assis"

Mas aconteceu de modo contrário, sem saber que o encontraria, vi, sem querer, que o vocábulo Caiporismo, que eu não sabia o que era, era repetido aqui e ali, em Machado, então, mais surpreso ainda, encontrei um conto, "Rei doa Caiporas" (1870), onde o vocábulo se repete 11 vezes, depois, em outro conto "Último capítulo" (1883), onde caipora se repete 13 vezes, e sua origem se encontra em "Quem tem boca vai a Roma" (1857), peça proibida de Joaquim Serra em que os censores disseram que Serra atravessou o Rubicon, outro vocábulo que se repete insistentemente na obra de Machado.

E assim, cada vez mais surpreso, vim a encontrar Pílades e Orestes, Imortal, Diógenes, Similia similibus curantur, Oráculo, Espelho, Vaidade, Prometeu no Cáucaso, Ponto de Admiração, Gênio original, Espelho, todos, remetendo à origem do autor em Paula Brito, jornais da época, semanários "O futuro", "O espelho", e mais predominantemente na "Semana Ilustrada" (1860-1878), onde se encontravam escritores endiabrados - Os Moleques da Semana.

A surpresa maior ainda é que esses vocábulos têm correspondentes em Freud!!

Foram reunidos por capítulos no livro "O Imortal Machado de Assis - Autor de si mesmo" (2024).

Meu corpo tem uma imagem, é o meu pensamento.

O conceito de Duplo seria o jogo entre a sombra e o corpo na relação com os outros.

A minha sombra se relaciona com a sombra do outro que tem um corpo.

Nesse jogo entre dois corpos e duas sombras há um embate.

Na atualidade o feminismo vem mostrar duas sombras degladiando.

Dois corpos representados por duas sombras cada um com a sua imagem entram em disputa dentro do espaço do lar, agora.

Agora os gladiadores estão dentro de casa, cada um com a sua espada na mão.