Cosme Rímoli

著者: Cosme Rímoli
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  • Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.
    Cosme Rímoli
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あらすじ・解説

Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.
Cosme Rímoli
エピソード
  • Milton Leite: "Sei do meu valor. Por isso, pedi para sair da GLOBO."
    2025/02/19

    A cena foi a mesma.

    No Rio de Janeiro e em São Paulo.

    Funcionários da Globo se aglomerando na saída da emissora.

    E aplaudiram muito, emocionados, quando ele surgiu pela última vez, para ir embora.

    Era o reconhecimento ao talento, à parceria, à generosidade, e um sutil protesto contra a falta de competência da emissora para manter seu excelente narrador.

    Ele não esperava.

    Os olhos marejados, o sorriso que misturava constrangimento com alegria pelo reconhecimento.

    Foi o fim de 19 anos transmitindo futebol, natação, basquete, vôlei, o que a escala mostrasse.

    Os bordões 'que fase', 'olha a batiiiida', 'agora eu 'se' consagro' tinham um significado diferente, triste.

    Inteligente, aprendeu com seu humor inteligente a 'segurar' o fanático por futebol, a esposa desse torcedor, o filho, a mãe. 'Sabia tudo de novelas a chavões de programas humorísticos. O segredo é a pessoa que assiste se integrar. Porque nunca se sabe quem é o 'dono' do controle remoto. Minha narração sempre atingiu a todos em uma família.'

    Com o Rio de Janeiro dominando todas as decisões do esporte, quem mora na Cidade Maravilhosa passou a ser muito mais valorizado do que os que vivem em São Paulo.

    E Milton Leite desprotegido politicamente, perdeu injusto espaço.

    Tinha contrato em vigor, ganhava 'muito bem', mas tomou a decisão que poucos tiveram coragem na história.

    "Com todo respeito, vi que narradores com menos potencial estavam ocupando espaços maiores do que eu. Sei do meu valor. Não iria ficar encostado ganhando alto salário para fazer coisas menores, que fiz no início da carreira. Pedi para ir embora em janeiro de 2024. Me pediram para fazer a Olimpíada. Fiz, com toda a minha dedicação. E fui embora orgulhoso da minha trajetória.

    "Se eu fui injustiçado? Se eu deveria ter feito mais TV Globo? Não sou eu quem tenho de responder essas perguntas. Fiz várias transmissões na tevê aberta. Mas o Sportv foi minha casa. E me dediquei de corpo e alma onde estive."

    Milton se comunica de forma brilhante. Foi moldado no jornalismo impresso, em Jundiaí. Depois no tradicional O Estado de S. Paulo. Ganhou versatilidade, fluência, carisma na rádio Jovem Pan. Comandou por anos o programa Show da Manhã.

    De lá, começou a narrar na extinta Jovem Pan TV. Descoberto pela ESPN/Brasil, fez história. De lá, Globo. Olimpíadas, Copas do Mundo, final de Champions. Apresentador de programas. Fez de tudo. E com excelência.

    Aos 66 anos, a voz continua impressionante, a mesma. O raciocínio veloz, mistura inteligência e ironia como poucos.

    Ainda bem que a frase que ele consagrou, quando Ronaldo marcou o primeiro gol pelo Corinthians, pode ser usada com Milton Leite.

    "Senhoras e senhores, o Fenômeno voltou".

    Milton está narrando de volta. "O UOL me chamou e estou ao lado de grandes companheiros, Juca Kfouri, José Trajano, Casagrande. É para o Paulista. Estou adorando. Porque tenho ficado mais tempo com minha família. Minha mulher que sempre me apoiou, meus filhos e meus netos. Estou até aprendendo a tocar bateria."

    Milton Leite não pode ficar fora do cenário esportivo deste país.

    Sua trajetória não acabou.

    Sorte para quem ama esporte transmitido com carisma, precisão, bom humor e enorme personalidade.

    Os 'donos do controle remoto' agradecem ao céus pela volta de Milton Leite...

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    1 時間 52 分
  • Maestro João Carlos Martins: 'Fiz Éder Jofre Bi mundial. Don King não me deixou trazer Muhammad Ali ao Maracanã'
    2025/02/11

    João Carlos Martins, 84 anos, é o brasileiro que mais luta pela cultura do país. Melhor intérprete de Bach da história, admirado e premiado no mundo todo, fez concertos inesquecíveis. Mas como um brasileiro se tornou o principal intérprete do mestre alemão? A resposta estava nas oito horas diárias de treino e na memorização das partituras, somadas à sua genialidade.

    Porém, o piano cobrou caro. João Carlos passou por 29 cirurgias, nos braços e no cérebro. Aos 14 anos, já considerado um fenômeno, enfrentou a distonia focal, que provoca movimentos involuntários nos dedos. Mais tarde, sofreu um acidente no Central Park, em Nova York. Ao tentar amortecer uma queda, uma pedra pontiaguda perfurou seu cotovelo, afetando o nervo ulnar, responsável pela coordenação dos dedos. Acreditou que nunca mais tocaria com o mesmo talento.

    Chegou a pensar em tirar a própria vida, mas encontrou forças para continuar. Com o auxílio de dedeiras de aço, voltou aos palcos. O esforço era tão grande que manchava o piano de sangue. O desgaste foi extremo: sofreu uma embolia pulmonar e chegou a sair de um concerto em uma ambulância.

    Decidiu então mudar de rumo e entrou para o mundo do boxe. Empresariou Éder Jofre, ajudando-o a conquistar um segundo título mundial. Tentou trazer a luta entre Muhammad Ali e Joe Frazier para o Brasil, mas esbarrou em Don King. Desiludido com o meio, abandonou o boxe.

    Seu retorno à música foi interrompido novamente em um assalto na Bulgária, onde um golpe de barra de ferro comprometeu os movimentos do braço direito. Passou a tocar apenas com a mão esquerda, mas a distonia focal atingiu ambas as mãos. Parecia o fim.

    Até que, em 2003, sonhou com o maestro Eleazar de Carvalho, que o aconselhou a reger. João Carlos seguiu a sugestão e formou a Orquestra Bachiana Filarmônica, com apoio do Sesi-SP. Mais de 20 milhões de brasileiros já assistiram a seus concertos. Sem conseguir segurar a batuta ou virar partituras, ele rege com o olhar e os dedos recolhidos pela doença.

    “Vou às favelas, presídios e pequenas cidades levar a música erudita. É cultura, e o Brasil precisa disso.”

    Seu amor pelo futebol começou ainda criança, quando levou uma bolada no rosto durante um treino da Portuguesa. A paixão pelo clube permaneceu inabalável, mesmo após sua decadência. “Sei que houve dinheiro envolvido no rebaixamento, mas não tenho provas. A Portuguesa, assim como eu, vai se reerguer.”

    Hoje, João Carlos Martins também se dedica à Bachiana Jovem, ensinando música para crianças. Com luvas biônicas que esticam suas falanges, ainda toca piano. Seu 30º concerto no Carnegie Hall, em Nova York, será sua despedida dos grandes palcos internacionais. Mas ele seguirá regendo, popularizando a música clássica ao lado de artistas brasileiros.

    “É minha missão. Não vou parar nunca.”

    O Brasil tem o privilégio de contar com João Carlos Martins.

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    1 時間 58 分
  • Edina Alves: "Sou mulher. E quem diz o que vou fazer sou eu"
    2025/01/15

    "Sinto que não estou lutando só por mim.

    "Mas pelas mulheres neste mundo do futebol, que ainda é machista.

    "Não me intimido, sei da minha capacidade, minha dedicação.

    "E tenho objetivos e vou atrás deles.

    "Me dá orgulho o que consegui, mas quero muito mais."

    Edina Alves Batista é impressionante.

    Lutou muito para ser a melhor árbitra de futebol da história da América Latina.

    Esta entrevista é rara.

    Sua impressionante história de vida não é repartida com a imprensa.

    Sabe o quanto é injustamente julgada, por mais que tenha atingido um patamar inimaginável para uma árbitra brasileira.

    Só que arrombar portas é com ela.

    Primeira mulher brasileira a apitar um jogo no Mundial de Clubes masculino da Fifa.

    Primeira brasileira a apitar uma partida da Libertadores da América masculina.

    Primeira brasileira a arbitrar um jogo internacional masculino fora do Brasil, Copa Sul-Americana.

    Nenhuma mulher chegou perto do número de jogos que comandou no Brasileiro, 41.

    Primeira brasileira a apitar uma final de Campeonato Paulista.

    Primeira brasileira a apitar Copa do Mundo feminina, fez até semifinal.

    Trabalha na federação mais importante do país, a Paulista.

    "Eu nasci em uma família pobre, em Goioerê, no Paraná. Cidade muito pequena. Jogava basquete e futebol. Me apaixonei pela arbitragem. Não tinha dinheiro para almoçar enquanto fazia o curso para me tornar juíza. Era itinerante, precisava viajar. E repartia salgadinhos no ônibus."

    "Mas vou confessar uma coisa. Sempre tive objetivos na minha vida. E corri atrás."

    "É difícil ser árbitra. Mulher apitando é algo ainda muito novo. E a resistência é grande. Tenho muita sorte de ter pessoas como o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, que sempre acreditou em mim. O diretor de arbitragem, o argentino Patricio Loustau, que me incentiva e me cobra muito. E o privilégio de trabalhar com a Neuza Back, que é a melhor auxiliar do mundo!"

    De personalidade fortíssima, com preparo físico impressionante para seus 45 anos, Edina também faz questão de deixar claro a importância do fortalecimento do lado psicológico.

    "A pressão é imensa. As pessoas não têm ideia. A força mental é mais que necessária. A competência de quem me cerca é muito grande."

    Sabe que, por ser mulher, seus erros são mais destacados do que os de árbitros. "É injusto, mas compreendo. Não sou infalível, mas aprendo e não repito erros."

    Reconhece que Sandra Regina e Ana Paula Oliveira abriram caminhos para as mulheres na arbitragem masculina. "Elas foram guerreiras, pioneiras. Sofreram muito. Mas graças a elas que novas árbitras estão surgindo neste país."

    Edina que trabalha com o escudo da Fifa tem um grande desejo. E está pré-selecionada para conseguir esse imenso objetivo. Apitar a Copa do Mundo masculina, nos Estados Unidos.

    "É o meu grande objetivo. Vou lutar, até mais do que fiz. Mas vou conseguir, com a ajuda das pessoas que me cercam.

    "Sou mulher. E quem diz o que vou fazer sou eu!"

    Que ninguém duvide de Edina Alves Batista...

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    1 時間 32 分
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