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Cosme Rímoli

Cosme Rímoli

著者: Cosme Rímoli
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このコンテンツについて

Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.Cosme Rímoli
エピソード
  • "ME IMPEDIRAM DE JOGAR DOIS ANOS, POR MEDO DE OUTRA TRAGÉDIA. O SÃO CAETANO ERROU."
    2025/07/08

    Dia 27 de outubro de 2004.

    O Brasil assistiu consternado, a morte dentro do gramado do Morumbi, do zagueiro Serginho, do São Caetano, em uma partida contra o São Paulo.

    O motivo: parada cardíaca.

    De acordo com reportagens da época, exames apontavam problemas no coração, mas ele decidiu seguir atuando.

    A direção do São Caetano foi investigada até pela polícia. A suspeita era que seus jogadores não estariam seguindo protocolos médicos rígidos.

    Desta desconfiança nasceu outro drama.

    'Esse clima de medo no clube me atingiu em cheio. E acabei perdendo o auge da minha carreira.'

    Fabrício Carvalho pagou pelo exagero, pelo pavor da direção do São Caetano, de outra tragédia, que afastaria patrocinadores, investidores, apoio escancarado da prefeitura da cidade ao clube vice-campeão da Libertadores, vice-campeão nacional, campeão paulista.

    'Fui diagnosticado com arritmia. E simplesmente fui afastado. Tinha 27 anos, estava no auge. O São Paulo já negociava a minha compra. O Palmeiras e o Corinthians também estavam para fazer proposta. Mas todos se afastaram, com medo. Fiquei marcado no Brasil todo. E hoje eu posso falar abertamente, houve uma enorme precipitação.

    "O motivo da arritmia jamais foi constatado. O medo de nova morte em campo era tanta que apenas me chamavam para fazer exame médico. Ninguém achava nada. Só que não me deixavam correr, sequer andar.

    "Engordei dez quilos em dois anos. Tenso, descontei todo meu medo e frustração comendo. E nada de me liberarem. Minha carreira foi sabotada."

    Fabrício Carvalho se tornou sinônimo de jogador cardíaco, sem possibilidade de atuar.

    Até que foi para Goiás.

    "O São Caetano queria me encostar, deixar de lado. Foi quando eu decidi rescindir. E fui para Goiás. Fiz todos os exames possíveis. E ouvi dos médicos que estava apto para jogar. E só perdi tempo, dois anos da carreira.

    "Fiquei revoltado. Mas o que poderia fazer? Voltar no tempo? Atuei por mais nove anos. Só que meu futebol nunca mais foi o mesmo. Perdi agilidade, mobilidade. A carreira de um jogador é curta. Dois anos significam muita coisa.

    "Vou contar mais. Os médicos do São Caetano ligaram para os médicos do Goiás reclamando da minha liberação. Eles não conseguiram chegar a um diagnóstico. E ainda queriam acabar de vez com minha carreira."

    Fabrício Carvalho é direto. "Se eu perdoei os médicos? Perdoei. Mas sei que paguei pelos erros, pelo medo que eles tiveram de um novo caso Serginho."

    Fabrício ainda jogou por Goiás, Portuguesa, Remo, Bragantino, Oeste, Ferroviária, Guaratinguetá, Araxá, Cabofriense e Taboão da Serra.

    "Nada aconteceu comigo, mas os médicos do São Caetano fizeram que eu entrasse em campo com medo de morrer. Sou humano. Paguei demais por erros que não foram meus."

    Agora, aos 47 anos, Fabrício Carvalho está renascendo. Se tornando um excelente narrador e influencer. 'Acompanho jogos de várzea, transmito, faço reportagens. Sempre fui tímido, mas diante de um microfone, me transformo. Estou no meu ambiente, que amo e conheço muito: o futebol. Me sinto recuperando o tempo perdido. Graças a Deus...'

    Ele aceitou sair de Andradina, cidade a 600 quilômetros da capital de São Paulo para dar essa reveladora entrevista...


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    1 時間 41 分
  • "FUI OBRIGADO A JOGAR PELO CORINTHIANS, VENDIDO PARA A ALEMANHA. ESTOUREI O JOELHO. ADEUS, NEGÓCIO"
    2025/07/01

    Pentacampeão com a Seleção Brasileira.Campeão mundial com o Corinthians.Bicampeão da Libertadores, uma vez com o Vasco e outra com o São Paulo.Maior artilheiro do Corinthians e Vasco na Libertadores.16 operações por conta do futebol.Ele foi um dos grandes goleadores da história deste país.Luizão.Nome muito respeitado no futebol.Principalmente no Guarani, Palmeiras, Vasco, Corinthians e São Paulo. Aos 49 anos, continua a mesma pessoa simples, mas de personalidade forte, direta.Conta a situação sem floreios, sem buscar amenizar o que viveu.Com um talento fora de série, misturando a raiva que disputava a bola com os zagueiros, com inteligência e frieza natas para definir diante do goleiro, teve uma carreira marcante."Se tivesse que chorar ou a mãe do zagueiro do time adversário ou a minha, que chorasse a dele", resume, brincando.Mas sua ironia tinha a ver com a raça que mostrava em campo."Nunca fui de me intimidar. Nunca abaixei a cabeça para ninguém. Nem pipoquei. Me propus a se o jogador que iria marcar os gols e fui o que fiz em toda minha carreira."Sua técnica também permitia gols driblando a zaga, tabelando.Seu principal parceiro foi Amoroso. Formaram uma dupla histórica.No Palmeiras, desfrutou da seleção montada pela Parmalat."Concordo com o que o Müller te disse, Cosme. Iríamos ganhar tudo se o time continuasse junto. Mas os dirigentes não enxergaram. Eram ruins. O Brunoro não me vendeu para o Real Madrid, estava tudo certo. Depois me vendeu ao La Coruña, com todos perdendo dinheiro."Já de volta ao Corinthians teve pela frente um elenco excepcional, que acabou campeão do mundo, em 2000."Jogar com o Fred, Marcelinho, Vampeta, Edilson. Equipe maravilhosa. E para quem chama o nosso Mundial de laboratório, o que é este Mundial de agora, dos Estados Unidos? Alguém diz que é laboratório?"No Corinthians, viveu a pior experiência da carreira. Estava vendido para o Borussia."Mas me obrigaram a jogar contra a Portuguesa. Quem? O Luxemburgo, o (diretor de futebol Roque) Citadini. Fiz um golaço. A torcida me xingando, por estar vendido. E rompo os ligamentos cruzados do joelho direito e ainda lesiono os meniscos. Adeus ida para o Borussia. O seguro que eu tinha era de invalidez, o que não era o caso. Não ganhei um tostão.' O Borussia iria pagar 12 milhões de dólares, em junho de 2001. Seriam, cerca de 70 milhões de dólares, atualmente. Ou seja, cerca de R$ 383 milhões.Luizão seguiu com problema no joelho e quase perde a Copa do Mundo de 2002. 'O Felipão acreditou em mim. Eu e o Ronaldo Fenômeno sofremos muitas dores. E passamos medo demais de não disputar a Copa. No final, campeões, choramos abraçados. Só nós sabemos o que sofremos.'Muito fechado, ele só sorriu quando lembrou do pênalti contra a Turquia, no primeiro jogo do Brasil no Mundial de 2002. "Eu fui agarrado pelo turco. O arrastei junto comigo até quando pude. Sei que caímos fora da área. Mas o Vampeta pegou a bola e já levou para a marca do pênalti. Foi a malandragem brasileira que ganhou o jogo. Com a vitória, a Seleção ganhou confiança para conquistar a Copa do Mundo.'Luizão hoje representa Jorge Mendes no Brasil, buscando atletas para levar à Europa.O português foi empresário durante décadas de Cristiano Ronaldo.'Tenho muito orgulho de tudo que vivi minha carreira. Sai de Rubinéia, uma pequena cidade, e acabei ganhando a Copa, o Mundial com o Corinthians, as Libertadores com o Vasco, com o São Paulo. Perdi, lutei, conquistei. Tenho filhos lindos, inteligentes, resolvidos. Minha vida é especial.'REDE SOCIALInstagram: @cosmerimoli #cosmerimoli #luizão #entrevista #corinthians #vasco #palmeiras #saopaulofc #2025 #cbf #podcast #recordtv #recordnews

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    57 分
  • 'SALVEI O MARCELINHO CARIOCA. O RINCÓN O LEVANTOU PELO PESCOÇO. SÓ VIA AS PERNINHAS BALANÇANDO'
    2025/06/24

    Marcos André Batista Santos poucos conhecem.Mas basta citar o cruel apelido 'Vampeta' e a idolatria aparece.Ele chegou mais cedo para a entrevista, foi almoçar ao lado do estúdio. E o dono do restaurante não quis receber seu dinheiro. E ainda agradeceu por ele ter aparecido."Sou muito feliz, onde quer que eu vá é assim. Nem sei o que fiz para merecer tanto carinho. É de palmeirense, são paulino, santista. Nem parece que fui jogador do Corinthians. Aliás, fui feito para o Corinthians!"Aos 51 anos, o carisma segue o mesmo.O personagem e o homem já nasceram misturados, com o melhor e o pior de cada um.A mente afiada.E o bom humor inerente transforma até histórias tristes, dificuldades que passou na vida, objetos de riso solto.Choro e lamentações não fazem parte de sua vida.Longe do lado jocoso, que faz questão de cultivar, Vampeta foi um jogador especial, inteligente, com visão tática diferenciada.Não ganhou 14 títulos por acaso. Entre eles, o pentacampeonato mundial, com a Seleção Brasileira. E o Mundial de Clubes, com o Corinthians. 'Joguei 13 partidas das Eliminatórias como titular. Chega na Copa, o Felipão muda o esquema. E sobra para mim, que acabei no banco. Joguei alguns minutos contra a Turquia. Estava no meu auge, mas o Brasil ganhou, está tudo certo. Sou pentacampeão do mundo.''Eu fiz o meu destino. Era filho de um caminhoneiro e uma dona de casa do Interior da Bahia. Vi um anúncio na tevê, em Nazaré das Farinhas, cidade próxima a Salvador. O Vitória estava fazendo uma 'peneira'. Decidi ir. Fui sozinho, passei. Mudei minha vida.'Como não tinha os dois dentes da frente, os colegas de time o apelidaram de Vampeta, terrível junção de 'Vampiro' com 'Capeta'. Lógico que ele não gostou. Foi aí que o apelido pegou para o resto da vida. Conviveu com cobras e ratos no alojamento precário dos garotos do Vitória, que ficava ao lado de um gigantesco depósito de lixo.Foi o primeiro jogador do Nordeste a ser vendido para a Europa, quando a lei do Velho Continente só permitia três atletas. 'Na Holanda eram só dois. Fui para o lugar do Romário.'Sua carreira e vida não dariam um filme. Mas uma série com inúmeros capítulos. O documentário sairá, com certeza.Vampeta é muito requisitado. Para entrevistá-lo, a insistência de mais de um ano. Porque viveu inúmeras situações que, contadas por ele, lembrando Ariano Suassuna, deixa o real em surreal.Como descer a rampa do Planalto, bêbado, com a camisa do Corinthians, 'roubando' a festa do pentacampeonato, diante do atônito presidente da República, Fernando Henrique.Também foi o primeiro jogador de futebol a posar nu no Brasil.'Me deram três salários que recebia no Corinthians, topei na hora. "O Luxemburgo ficou louco. Foi a revista que mais vendeu na história. Como a gente seguiu ganhando e eu jogando bem, ninguém pegou no meu pé.'Esteve no time histórico que ganhou dois Brasileiros e o título mundial.'Era muito futebol e muita confusão. Rincón, Marcelinho, Edílson, Luizão, Dida, Ricardinho, Vanderlei Luxemburgo. Foi tudo especial. Até as tretas. Nosso vestiário era bravo...' Ele contou algumas situações inacreditáveis na entrevista.Explicou a famosa frase que cunhou no Flamengo. 'Eles fingem que me pagam. Eu finjo que jogo.' Relembra que ficou cinco meses sem receber na Gávea. E depois teve de andar com segurança, com medo dos torcedores flamenguistas.Vampeta viveu alegrias de conquistas, mas as dores do rebaixamento com o Corinthians e Brasiliense.'Cosme, o jogador sente quando está em um time que vai cair. E você pode fazer de tudo, que não tem jeito. É difícil, dói..."Foi preso no Kwait por desafiar a religião mulçumana, que proíbe bebidas alcoólicas. 'Fui fabricar vinho na minha casa. Fui pego. Passei mais de 30 horas na cadeia. De raiva, fiz umas 50 garrafas e saí distribuindo.'Restaurou o único cinema de Nazaré das Farinhas, como retribuição à cidade que nasceu.Trabalha há 14 anos na rádio Jovem Pan. Recusou convite da Band para substituir Denilson.

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