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Cosme Rímoli

Cosme Rímoli

著者: Cosme Rímoli
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このコンテンツについて

Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.Cosme Rímoli
エピソード
  • 'MEU BICHO DE ESTIMAÇÃO ERA UM LEÃO. PELÉ PEDIU PARA EU MANEIRAR. PERDI MILHÕES.'
    2025/05/20

    "Quando chegava virado, da farra, pegava o Simba, que era meu leão, e ia com ele para o treino na Ponte Preta. Subia no campo e o deixava lá. Voltava para o vestiário para dormir. O treino não começava, porque todos ficavam com medo do Simba. E eu dormia um pouco. Depois ia pegá-lo e o colocava no meu carro.

    "O Pelé foi no meu apartamento. Estava fazendo mais uma festança. Ele me disse: 'em vez de comprar um apartamento, eu coloquei o meu dinheiro e te comprei para o Santos. Você precisa maneirar'. Segurei por alguns dias, depois voltei para a farra."

    Meia talentoso, driblador, com excelente visão de jogo. Instintivo.

    Diferenciado, em uma época repleta de talentos no futebol brasileiro.

    Pré-convocado para a Seleção, em 2001.

    Santos, Corinthians e, principalmente, a Ponte Preta, onde foi grande ídolo, deram holofotes, dinheiro, a chance de ter uma vida incrível e jamais sonhada para um filho de caminhoneiro.

    "Sem orientação, errei. Perdi chances incríveis que jamais sonhei. Desperdicei. Fui do céu ao inferno. Depois, quando perdi o futebol, me afundei."

    A vida de Reginaldo Rivelino Jandoso, nome de craque até no nome, é impressionante.

    Mais ainda a coragem desse homem de 51 anos em assumir o que viveu.

    A relação dificílima com o pai, que chegava a amarrá-lo para não jogar futebol, quando menino.

    O talento explodiu na Inter de Limeira, a ponto de Pelé, aconselhado por Pepe, comprá-lo e reservar a sua camisa 10. do Santos, para ele.

    O deslumbramento com dinheiro, mulheres, bebidas e carros de luxo.

    'Eu tinha 20 anos e sentia que tinha o mundo à disposição. Aproveitei. Mas me perdi.'

    Fez história nos oito anos da Ponte Preta. Foi contratado pelo Corinthians, por ninguém menos que Rivellino. Acabou sabotado. Teve 22 trocas de clubes. Jogou na Grécia.

    Desperdiçou os milhões que passou por suas mãos. Descontou no álcool. Desesperado, com o fim da carreira, fim do dinheiro, foi convencido a roubar bancos. Acabou preso.

    'Errei feio, vivi o inferno, que são as prisões no Brasil. Descobri Deus. Paguei minha dívida com a sociedade. E agora a tenho a missão de descobrir e, principalmente, orientar novos talentos. Para que não cometam os erros que cometi."

    Piá deu a mais crua e profunda entrevista deste canal...


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    2 時間 18 分
  • 'QUIS O SÃO PAULO. DISSE NÃO AO REAL MADRID. ACERTEI.'
    2025/05/13

    "Para sair do Nacional, queria o melhor futebol do mundo.

    "Na época, o Brasil era 'o' Brasil. Ou seja, o melhor entre os melhores.

    "E a proposta era do gigante São Paulo, clube vencedor. Onde jogou o ídolo de todo uruguaio, o Pedro Rocha. Aceitei, lógico.

    Alfonso Dario Pereyra Bueno.

    De futebol tão refinado que ganhou, por todo merecimento, o apelido de 'Don' Dario Pereyra. 'Don', precedendo o nome, é uma forma de tratamento, em espanhol, reservado à elite.

    E Dario Pereyra mereceu.

    Foi contratado pelo São Paulo para ser o sucessor de Pedro Rocha, que vivia seus últimos momentos no clube, em 1977. Era visto como a principal revelação uruguaia. Misturava personalidade forte, técnica e muita garra.

    Volante talentoso, jogava com a camisa 10 e faixa de capitão na Seleção Uruguaia. Aos 18 anos!

    Chegou no São Paulo e já fez história.

    Venceu o primeiro brasileiro do clube, em 1977.

    Mas depois dessa conquista, Dario sofreu. E muito. Ficou um jogador marcado por lesões. Jornalistas questionavam se ele não teria problemas crônicos. Ou psicológicos.

    "Só falavam das minhas 'dolores', dores, em espanhol. E eu tinha mesmo. Fortíssimas dores musculares, distensões. O meu problema era alimentação. Eu estava sozinho no Brasil, em uma casa que me deixaram com outros jogadores. Havia uma funcionária que só fazia arroz, feijão e carne de panela. Todos os dias. Eu estava acostumado a muitos legumes, carnes grelhadas, ovos, verduras, alimentação balanceada. Tudo acabou quando trouxe minha família para São Paulo. E passei a me alimentar como estava acostumado no Uruguai."

    Carlos Alberto Silva foi fundamental na sua vida. Assim como o acaso. Gassem, o quarto zagueiro, estava contundido. "Ele me perguntou se eu poderia deixar de ser meio-campista e jogar na zaga. Disse que sim. E nunca mais saí de lá. Formei uma dupla maravilhosa com o Oscar. Nós nos completávamos."

    Quem revelou o segredo do sucesso de Dario Pereira foi outro craque imortal. Ademir da Guia. "Ele era um excelente jogador de meio-campo, com enorme visão de jogo. Atuando como zagueiro, ele pegava a bola de frente e enxergava toda a movimentação, a distribuição do time adversário. Com sua técnica já começava desequilibrando a partida para o São Paulo."

    Para completar, tinha uma impulsão fora de série e antecipação marcante, não precisava dar pontapés. Ele antecipava os passes para os atacantes adversários e saía jogando.

    Foram 11 anos no São Paulo e seis títulos. Com a direção recusando várias propostas do Exterior. "Eu tive sorte porque peguei três gerações sensacionais. A primeira, campeã brasileira, do Minelli. A segunda, bicampeã, em 1986, do Pepe, muito técnica, com Careca, Oscar. E os 'Menudos', com Müller, Silas, Sidney e o Cilinho comandando."

    Dario revela que não ganhou Libertadores com o São Paulo porque o clube não priorizava a competição. 'Era disputada ao mesmo tempo que o Paulista, no primeiro semestre. Não tinha o mesmo valor que hoje. Não tinha transmissão pela tevê. Os juízes nos roubavam. Eram muitas agressões. Não tinha antidoping. Era só desgaste e não valia a pena. Potencial para ganhar, o São Paulo teve naquela época. Mas não era prioridade."

    Depois de marcar época no São Paulo, Dario passou pelo São Paulo, Palmeiras e terminou a carreira no Matsushita Electric, atual Gamba Osaka, no Japão.

    Se aventurou como treinador, por 18 anos. Foi campeão mineiro pelo Atlético. Mas a falta de um empresário, escolhas erradas e fases dos clubes se juntaram para atrapalhar sua trajetória. Mesmo assim revelou jogadores como Denilson.

    Aos 68 anos, Dario segue completamente identificado com o São Paulo. É um dos maiores ídolos da história do clube. Com todo merecimento.

    "Eu não me arrependo de ter dito não ao Real Madrid.

    "Escolhi o São Paulo e escolheria de novo.

    "O Brasil era o Brasil, do melhor futebol do mundo.

    "E o melhor clube do Brasil era o São Paulo. E ainda é"...

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    2 時間 7 分
  • 'VI TODO O DRAMA. RONALDO TEVE CONVULSÕES. ZAGALLO NÃO SUPORTOU A PRESSÃO. E O ESCALOU.'
    2025/05/06

    Ricardo Setyon foi testemunha do caso mais mal contado do futebol brasileiro.

    Um dos jornalistas de maior currículo deste país.

    Psicólogo, formado em Ciências Políticas, poliglota.

    Professor de gestão do Esporte.

    Toda essa bagagem o levou a trabalhar na Fifa, por 15 anos.

    Cobriu guerras, viveu a Fórmula 1, colaborou para jornais, revistas e sites do Japão, França, Espanha. Trabalhou em rádio, tevê, portais. Viajou o mundo todo. Morou em vários lugares.

    Sua alma inquieta não o deixa fixar em um local.

    Freelancer é a expressão que melhor o define.

    Ele quer cobrir torneios, jogos, corridas, guerras, o veículo não importa.

    Mas a história que ele não escapa é a final da Copa de 1998.

    Desta vez, Setyon destrinchou como nunca o que aconteceu, naquele 12 de julho de 1998, em Paris, no estádio Saint-Denis.

    Ele era chefe de Mídia da Fifa, só para a Seleção Brasileira.

    E frequentava os bastidores da Seleção, para desespero do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não tinha o controle sobre ele.

    São tantas histórias... Mas é melhor se fixar sobre o 'episódio Ronaldo'.

    Setyon tinha total acesso à concentração brasileira em Ozoir-la-Ferrière, 'cidadezinha' ao lado de Paris. A Seleção se hospedava em um castelo. E ele acompanhou o que Ronaldo viveu.

    "Ele estava extremamente tenso por tudo que acontecia na sua vida pessoal. (Sua mãe e seu pai estavam separados, com namorados, convivendo na mesma casa. Telefonavam diariamente para ele, contando brigas. Ele tinha ciúmes, pela namorada Susana Werner fazer inúmeras matérias com Pedro Bial.)

    "O Roberto Carlos e o Ronaldo estavam no mesmo quarto.

    "Eles sempre foram muito amigos, se tratavam por 'lixo', brincando. O Ronaldo deitou. O Roberto Carlos começa a chamá-lo para se preparar para o jogo. Quando ele cai da cama e começa a convulsionar, roxo. Aí, chegam Edmundo, Leonardo. Há um caos generalizado e o Ronaldo acorda.

    "É levado para a clínica Lilas (ortopédica) em Paris. Sim, ele foi levado por um ortopedista. E não o médico principal (Lídio Toledo). E que não fala inglês e nem francês. O Ronaldo faz uma bateria de exames. Os jogadores se preparam para a final. O Zagallo escala o Edmundo. Estava tudo pronto. Mas aí, o Ronaldo chega. Pálido. E diz para o Zagallo 'Professor, vou jogar."

    "O Zagallo já tinha passado para a Fifa a escalação, que foi distribuída para jornalistas de todo o planeta. Ele não suporta a pressão de não colocar em campo o melhor jogador do mundo. E o escala. Edmundo fica revoltado.

    "Mas o pior foi a reação dos outros jogadores titulares. Todos assustados. O Brasil entrou derrotado para a final da Copa do Mundo de 1998. Os companheiros viram as convulsões de Ronaldo. E tinham medo que ele fosse morrer durante o jogo. Acabou a concentração para a partida. O resultado foi 3 a 0 para os franceses. Com Ronaldo chorando no ombro do Zidane."

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    1 時間 37 分

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